Redução drástica do nível de insetos no mundo é preocupante, alertam cientistas

Perda de biomassa de insetos pode chegar a 10% anualmente em alguns lugares.

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Muitas pessoas podem não gostar de insetos, mas é preciso reconhecer o papel desses seres no mundo. De acordo com uma análise científica, a extinção da população de insetos pode levar a um colapso catastrófico dos ecossistemas da natureza.

Enquanto alguns detalhes ainda são debatidos pelos pesquisadores, grande parte deles concorda que o estilo de vida atual da população humana está ligado ao número de insetos no mundo. Dessa forma, é preciso que uma intervenção seja feita rapidamente ou nós podemos ter vários problemas no futuro.

Em diversos artigos publicados nos últimos Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), os especialistas somaram o estados dos números dos insetos como uma medida de biomassa, números individuais e espécies. Esse número, por sua vez, está sendo encarado como um problema a ser resolvido.

Saul Cunningham, diretor da Escola Fenner de Meio Ambiente e Sociedade da Australian National University, não foi um dos 56 autores, mas ele está ciente da importância que os insetos têm para o bem-estar da sociedade. “Os insetos são extremamente importantes para os processos ecológicos dos quais os humanos dependem, incluindo o fornecimento de alimentos e a reciclagem de nutrientes para o solo. É por isso que eles são descritos como as pequenas coisas que governam o mundo”, afirmou.

Joaninha
Declínio drástico de insetos pode gerar situação catastrófica.

Nas últimas décadas, as proporções de várias espécies de insetos caíram de forma significativa. Esse declínio foi fruto, possivelmente, das mudanças climáticas, precipitação, perda de habitat e uso de pesticidas.

Conforme estatísticas, as estimativas de perda de biomassa de insetos gira em torno de 1% a 2% por ano. Contudo, esse dado apresenta variações locais e pode chegar a 10% ou mais anualmente.

“Eles também mostram que o declínio dos insetos não é universal, com perdas não aparentes em algumas outras regiões. Os estudos acrescentam urgência significativa ao caso de que precisamos desenvolver práticas agrícolas que apoiem populações de insetos saudáveis ​​e diversificadas”, destaca Cunnigham.

O declínio, no entanto, não é universal. Em locais com clima temperado, por exemplo, os insetos não são tão ameaçados.

Entretanto, é necessário adotar algumas medidas para frear a perda dessas espécies. Nesse sentido, o entomologista Akito Kawahara, do Museu de História Natural da Flórida, um dos autores do artigo, pontuou algumas ações simples que podem ajudar:

  • Deixar as luzes de fora da casa apagadas nos períodos noturnos;
  • Lavar o carro e a garagem com sabonetes biodegradáveis;
  • Usar selantes à base de soja.

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