O que é o efeito Thatcher e como ele funciona no nosso cérebro

Conheça o experimento que recebeu esse nome por utilizar como exemplo a figura da primeira-ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher.

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Para estudar como processamos os rostos alheios, um professor da Universidade de York, no Reino Unido, criou em 1980 um exercício utilizando o rosto da primeira-ministra britânica Margaret Thatcher.

O experimento consistia em colocar duas fotografias idênticas de Thatcher lado a lado, porém, com olhos e boca invertidos na primeira imagem. Confira a seguir:

Em um primeiro momento, é possível notar que há algo de diferente na figura do lado esquerdo. A percepção do que pode estar “incomodando” a nossa visão em relação a sua imagem ao lado só se torna clara quando ela é revertida. Observe:

Como esclarece o estudo de Thompson, o cérebro não analisa as características da fisionomia humana de forma separada, mas sim de maneira holística, ou seja, em um conjunto. Em razão de a imagem estar invertida, o processamento da estranheza acontece, porém, ele se torna aceitável, pois as posições do olho e da boca estão no seu devido lugar.

Nesse caso, o efeito Thatcher nada mais é do uma forma de explicar o funcionamento dos módulos cognitivos do nosso cérebro relacionados à percepção visual. A expressão recebeu esse nome justamente por utilizar como exemplo a figura da política britânica.

Mas o que isso prova? O estudo de Thompson comprova que não é fácil para o ser humano identificar uma mudança drástica no rosto de uma pessoa em certas circunstâncias. Na realidade, em alguns casos, é necessário alertar o público de que os os olhos e a boca estão invertidos na imagem de cabeça para baixo. Ou seja, muitas pessoas acabam não percebendo o erro.

Outro ponto que o experimento esclarece é de que o cérebro analisa não o formato do rosto, mas sim a sua posição relativa. Basicamente, isso significa que os humanos contam com uma fraca capacidade de identificar pequenos detalhes ou características próprias de um ser semelhante.

Para isso, basta que os lábios e os olhos da imagem sejam intercalados pelo nariz para que nenhuma estranheza se torne perceptível.

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