Japoneses são punidos por sair 2 minutos antes do término do expediente

Caso foi registrado no Conselho Municipal de Educação de Funabashi em Chiba, Japão.

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Funcionários públicos que estavam indo embora do trabalho dois minutos mais cedo de seus horários foram notificados pelo Conselho Municipal de Educação de Funabashi em Chiba, Japão. O órgão fez cortes salariais equivalentes ao acúmulo de horas não trabalhadas.

Segundo comunicado emitido pelo conselho, entre maio de 2019 e janeiro de 2021, foram registradas aproximadamente 316 saídas precoces.

Os profissionais justificaram que saíam mais cedo do escritório para que conseguissem chegar logo em casa, pois, caso contrário, teriam que aguardar 30 minutos para o próximo ônibus.

Organização

A maioria dos registros estava associado a uma líder dos infratores, a encarregada do gerenciamento de atendimento. Ela conseguiu reunir mais seis membros do departamento de aprendizagem para que fossem cúmplices na transgressão.

A líder passou anos fraudando os cartões de ponto, que deveriam ter registrado horas de saída a partir das 17h15. No entanto, os funcionários acabavam saindo constantemente dois minutos mais cedo para não ter que aguardar o ônibus das 17h47 e chegarem meia hora “atrasados” em suas casas.

Dos infratores, somente a responsável pelo motim obteve um rígido corte salarial, atualizado para compensar o período acumulado de tempo não trabalhado. Foram descontados 137.000 ienes (aproximadamente R$ 7 mil), cerca de 1/10 do salário pelo período de três meses. Já os demais integrantes da organização receberam advertências por escrito.

Apoio da comunidade local

A punição atraiu a atenção da comunidade local, que surpreendentemente apoiou os infratores e criticou o sistema de trabalho do conselho. Inclusive, foi comentado sobre o uso de livros de ponto, tido como um mecanismo erudito de controle de horário.

“Quantas empresas pagam corretamente por minuto? Se fosse esse o caso, então a equipe que trabalha um minuto extra deveria ser paga por isso”, disse um dos entrevistados, em relato divulgado pelo jornal Sankei.

“Seria bom se, quando descobrissem sobre o horário dos ônibus, pudessem fazer algum acordo flexível para os funcionários começarem a trabalhar um pouco mais cedo”, argumentou outro popular.

Porém, ainda que com a comoção social, a escapada homérica dos funcionários públicos acabou doendo no bolso.

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